Adeus ano velho, feliz ano novo
E
mais um ano chega ao fim. Como costumo dizer junto com o fim inevitavelmente
existe o novo, existe o começo ou o recomeço. E essa é justamente a magia do
inicio de cada novo ano.
Para
aqueles que leram a minha postagem no blog no final de 2013, vão recordar que
estabeleci para o ano de 2014 a inexistência de planos. Assim iniciei esse ano 14, sem planos, vazia
de expectativas deixando que as coisas acontecessem da forma que pudessem ou
tivessem que acontecer.
Sem
grandes planos, uma primeira viagem a Índia em fevereiro. E naquele magico pais
as primeiras grandes lições do ano. Cinco dias em silencio, cinco dias em
meditação, cinco longos dias percebendo o que se passava no meu barulhento
interior. Foram apenas 5 dias para
perceber o olhar solidário daqueles que observam, 5 dias para perceber que não
é preciso falar para se fazer presente e que a presença real e verdadeira é
aquela presença de alma, de espirito e que não é imposta ela acontece, e
passa-se a ser notada pois passou a existir verdadeiramente dentro de si. A
viagem a índia me trouxe lindos presentes. Me trouxe de volta e quando abri os
olhos da minha alma pude conhecer lindas mulheres que estavam ali vivendo o
mesmo processo que eu. Éramos quatro, quatro mulheres dividindo o mesmo quarto,
as historias, as sensações, quatro mulheres dividido a vida. Tudo foi acontecendo da forma que deveria
acontecer, e o magico universo tratou de colocar naquele mesmo quarto, as
mesmas angustias (até aquilo que parecia ser tão diferente, era exatamente
igual). Como eu aprendi nesses 9 dias!!! Posso afirmar sem sombra de duvidas
que eu voltei a vida, eu voltei sim!
E
então eu voltei para enfrentar mudanças, mudanças que eu sabia que eram
necessárias, mas que causariam automaticamente rompimentos e por mais que
entendesse ser necessário não estava preparada. E foi assim que o dia a dia
profissional prosseguiu.
O
momento que eu exercitei o “não julgar” e deixar a vida tomar o curso que deveria
tomar. Foi um momento que precisei deixar de lado a preocupação do que
eventualmente poderiam dizer, falar ou pensar sobre mim. Foi o momento que precisei exercitar o “deixe
ir” , “deixe pensar”, “chega de explicações”, “Chega de achar que é mestre
quando na verdade é meramente uma aprendiz” .
E
foi nessa época que algumas pessoas saíram no movimento natural da vida. Cheguei de forma egoísta a concluir que se a
pessoa saiu é por que nunca esteve. Sim pode até ser, mas o outro aprendizado
foi que esse pensamento é apenas um dito popular carregado de crença, ego e
orgulho ferido por que na verdade a pessoa esteve o tempo e a intensidade que
era para estar, e se não continuou por hora, é simplesmente por que não era
para continuar. A vida não é mistério, as relações não são um problema, tudo é
muito mais leve e natural do que imaginamos.
O
maior aprendizado com os acontecimentos desse ano relacionado a pessoas foi que
não é necessário ficar dando significados para aquilo que acontece. Tudo é como
é, as coisas simplesmente são como são.
Quanto
mais significado dou para cada coisa, mais eu me distancio do que realmente
cada coisa é. A verdadeira liberdade é aquela que nos permite olhar para o mudo
exercitando o olhar de uma curiosa criança que nada sabe.
E no
natural fluxo da vida, pessoas saíram e tantas outras entraram para se tonar o
presente desse grande ano. Tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis!
Pessoas como eu, pessoas completamente diferentes de mim, pessoas que me
ensinaram o poder da paciência, pessoas que vieram para trazer aconchego, amor,
fé, carinho, amizade, alegria, colorido. Pessoas que dia a dia me fazem
perceber que eu estou viva e ainda cheia de defeitos, pessoas que me demonstram
o quanto humana sou!
Sim,
esse foi o ano de 2014 para mim...
O
ano onde a ausência de controle foi o meu maior exercício, afinal comecei a
perceber que quanto mais tentava controlar cada coisa, menos controle tinha.
Quanto mais desejei que algumas coisas acontecessem, mais distantes essas
“coisas” ficavam de mim.
Enfim
eu aprendi que a vida, é simplesmente
vida e conforme a lição do Bhagavad Gita, na ação você vê inação, e na
inação em silencio você vê ação. Tudo
coopera para o crescimento e
aprendizado, e esse é o processo natural de cada ser. Já que a evolução
é uma constante, por que não relaxar e apenas viver cada momento no ato
presente? Por que não viver cada dia de nossas vidas sentindo cada passo nesse
caminhar, fazendo com que o hoje dê certo, afinal se tudo der certo hoje,
certamente o futuro brilhante será apenas uma deliciosa consequência de um dia
a dia vivido com consistência e inteireza de alma.
Para
o ano de 2015?
A
frase a dizer para mim e para o mundo é: “ viverei cada momento no ato
presente. E o futuro? Não sei...afinal ele ainda não aconteceu!”
Que
2015 tenha a cor que cada um de vocês determinar que ele tenha!
Com
muito carinho
Brenda
Donato
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